Alexandre Delgado (Lisboa, 1965) estudou violino na FMAC e foi aluno particular de Joly Braga Santos em composição entre 1981 e 1985. Prosseguiu os seus estudos com Jacques Charpentier em França e diplomou-se com o 1.º Prémio de Composição do Conservatório de Nice em 1990, como bolseiro da SEC. A sua carreira foi projetada pelo êxito internacional da sua ópera O Doido e a Morte (1994), que dirigiu no Teatro Nacional de São Carlos em Lisboa, no Theater Am Halleschen Ufer em Berlim, no Theatro da Paz em Belém do Pará e na Sala Cecília Meirelles no Rio de Janeiro. Seguiu-se A Rainha Louca (2009), de que dirigiu produções em Portugal e no Brasil. A sua terceira ópera, Felizmente Há Luar (2024), foi composta para celebrar o cinquentenário da revolução de 25 de abril de 1974 e percorreu o país num total de dez récitas, tendo sido foi considerada pela revista norte-americana Opera Wire como “perhaps the most important new work to emerge this year.” Entre a sua vasta produção instrumental e vocal, publicada pela AvA Editions, incluem-se obras que se tornaram peças de reportório a nível internacional, como Langará para clarinete e The Panic Flirt para flauta, além de várias cantatas para coros e orquestras infanto-juvenis, que dirigiu no CCB, no Teatro Tivoli, no Teatro Nacional de São Carlos e na Casa da Música.

Como instrumentista, Alexandre Delgado foi aluno de Barbara Friedhoff em violeta, diplomou-se em França e venceu a 1ª edição do Prémio Jovens Músicos em 1987. Estreou como solista o seu Concerto para Viola e Orquestra em Portugal, em Espanha e na Holanda. Foi membro da Orquestra Juvenil da União Europeia (EUYO), da Orquestra Gulbenkian, do Quarteto Lacerda e (durante 15 anos) do Quarteto com Piano de Moscovo. Foi crítico musical do jornal Público entre 1991 e 2001 e diretor artístico do Cistermúsica/Festival de Música de Alcobaça entre 2002 e 2019. É autor do A Propósito de Música, um dos programas de maior longevidade da rádio portuguesa, transmitido pela Antena 2 desde 1996. É também autor dos livros A Sinfonia em Portugal, A Culpa é do Maestro e Luís de Freitas Branco, publicados pela Editorial Caminho. Regularmente convidado como conferencista e comentador de concertos, prossegue uma carreira como compositor free-lance e dirige desde 2023 a Camerata da Academia de Música de Lisboa.

Alexandre Delgado (Lisbon, 1965) began his musical journey studying violin at FMAC before becoming a private composition student of Joly Braga Santos from 1981 to 1985. He continued his studies in France with Jacques Charpentier and graduated with the 1st Prize in Composition from the Conservatoire de Nice in 1990, having received a scholarship from the SEC. His career gained significant momentum with the international success of his opera O Doido e a Morte (1994), which he conducted at prestigious venues such as the Teatro Nacional de São Carlos in Lisbon, Theater Am Halleschen Ufer in Berlin, Theatro da Paz in Belém do Pará, and Sala Cecília Meirelles in Rio de Janeiro. This was followed by A Rainha Louca (2009), which he conducted in both Portugal and Brazil. His third opera, Felizmente Há Luar (2024), was composed to mark the 50th anniversary of the 25th of April 1974 revolution, and it toured across the country with a total of ten performances. The American magazine Opera Wire described it as “perhaps the most important new work to emerge this year.”

In addition to his operatic works, Delgado has an extensive catalog of instrumental and vocal compositions published by AvA Editions. Among these, notable works like Langará for clarinet and The Panic Flirt for flute have become integral parts of the international repertoire. He has also composed numerous cantatas for children’s and youth choirs and orchestras, which he has conducted at renowned venues such as the CCB, Teatro Tivoli, Teatro Nacional de São Carlos, and Casa da Música.

As a musician, Delgado studied viola with Barbara Friedhoff, earned his degree in France, and won the inaugural edition of the Prémio Jovens Músicos in 1987. He premiered his Concerto para Viola e Orquestra as a soloist in Portugal, Spain, and the Netherlands. Delgado has been a member of several esteemed ensembles, including the European Union Youth Orchestra (EUYO), the Gulbenkian Orchestra, the Lacerda Quartet, and, for 15 years, the Moscow Piano Quartet. He was also a music critic for Público from 1991 to 2001 and served as the artistic director of Cistermúsica/Festival de Música de Alcobaça from 2002 to 2019.

Delgado is the creator and host of A Propósito de Música, one of the longest-running radio programs in Portugal, airing on Antena 2 since 1996. He is also the author of the books A Sinfonia em Portugal, A Culpa é do Maestro, and Luís de Freitas Branco, all published by Editorial Caminho. Regularly invited as a lecturer and concert commentator, he continues his work as a freelance composer and, since 2023, has been conducting the Camerata da Academia de Música de Lisboa.