Marcos Portugal (1762-1830)

Marcos Portugal (1762-1830)

Marcos António da Fonseca Portugal (1762-1830) estudou em Lisboa e aperfeiçoou-se na Itália; pode afirmar-se ser o músico português internacionalmente mais conhecido; foi o que no tempo conseguiu maior renome, embora sob as perspectivas  actuais não tenha sido o nosso maior compositor; escreveu elevado número de óperas, representadas com sucesso mas que hoje estão inteiramente esquecidas; foram apresentadas nos melhores palcos de toda a Europa; foi o mais fecundo compositor de música de ópera, entre os lusitanos; os seus trabalhos foram conhecidos em quase todo o mundo, começando por impor-se na Itália, sendo apresentados em todas as grandes casas de espectáculos, chegando a ser encenados em Moscovo, o que não deixa de nos surpreender, pois hoje são completamente ignorados; emigrou para o Brasil, atraído pelo brilho da corte portuguesa, ali trabalhou e terminou os seus dias; poderá dizer-se que o olvido da sua obra se antecipou ao seu falecimento, registara-se ainda antes de ele baixar à cova.

por MARTINS DOS SANTOS

 

Marcos António da Fonseca Portugal (1762-1830) studied in Lisbon and perfected his skills in Italy; he can be considered the most internationally recognized Portuguese musician. He achieved the greatest renown in his time, although, from today’s perspective, he may not have been our greatest composer. He wrote a large number of operas, which were performed successfully but are now completely forgotten. They were presented on the best stages across Europe. He was the most prolific composer of opera music among the Portuguese composers. His works were known almost worldwide, starting in Italy, where they were performed in all the major theatres, even being staged in Moscow, which is surprising, as they are now completely ignored. He emigrated to Brazil, attracted by the splendor of the Portuguese court, where he worked and spent his final days. It could be said that the oblivion of his works preceded his death, as it had already set in before he was laid to rest.
by Martins dos Santos