Introdução
Este conjunto de 15 peças para trompa e piano insere-se numa colecção de cinco livros, todos eles pedagógicos e progressivos, no total de sessenta peças, designadamente: 15 peças mesmo fáceis para trompa e piano; 15 pequenas peças para trompa e piano; 10 peças mais ou menos fáceis para trompa e piano; 10 peças para trompa e piano; e 10 peças difíceis para trompa e piano.
Este é o terceiro livro a ser editado, e é o resultado de um trabalho conjunto dos dois autores, ambos achando que uma pareceria desta natureza daria frutos muito mais ricos para os dois instrumentos, num esquema relacional permanente em que a trompa e piano trabalham em conjunto para ultrapassar dificuldades, que são naturais, do instrumento tais como: o aluno conseguir repetir a nota sem falhar, conseguir fazer segundas vozes, tocar em trios e quartetos sem tentar tocar as vozes dos outros elementos e conseguir tocar pela Acão/imitação.
1. “A Toca”
Esta peça tem a particularidade, como algumas peças do livro, de ter a versão professor/aluno, ou seja, o professor toca sempre primeiro a nota “mi”, que na minha opinião deve ser a primeira nota a ser tocada pelo aluno. Do compasso 1 até ao compasso dez, o professor vai tocar na sua maioria a nota “mi”, para que o aluno consiga saber qual é a altura do som desta nota. No compasso 11 o aluno irá fazer a primeira tentativa para tocar esta nota. No compasso 12 o piano reforça com a nota “Lá”, ou seja, o “mi” para a trompa, para que o aluno sinta que está correcto e esta dobragem ao mesmo tempo funciona como um incentivo para o aluno.
O tema que o professor toca ao longo de toda a peça tem como objectivo ficar no ouvido do aluno, para quando o aluno passar para os próximo livros “ 15 pequenas peças para trompa e piano, 10 peças mais ou menos fáceis para trompa e piano” o tema já esteja no ouvido e desta forma seja motivante e funcione como uma meta atingir pelo aluno.
2. “Musica Divertida”
Esta peça à semelhança da anterior, o tema aparece nos dois livros seguintes e com os mesmos objectivos. Inicialmente o aluno toca juntamente com o professor as três nota da peça “Dó, Ré e Mi” e sempre ligadas. Para além do aluno tocar as primeiras notas no sentido descendente e ascendente, ´esta peça é também um exercício para o aluno conseguir abstrair-se da melodia que o professor está a tocar, juntamente com as suas três notas. Este tipo de exercício vai ser útil quando o aluno, numa fase inicial, estiver a ter as suas primeiras experiências em naipe.
3. “Galope”
Tema que irá aparecer apenas como peça nº 3 das “10 Peças Mais ou Menos fáceis” também ela para o aluno tem apenas três notas “mi, fá e sol”, para além de estar a tocar diferente do professor e notas apenas ligadas, esta tem notas articuladas e ligadas. Tem um elemento novo; que é a repetição.
4. “Salpicando”
Este tema é o mesmo da peça nº 8 das “10 Peças Mais ou Menos fáceis”. Esta peças para o aluno tem cinco notas de “Dó a sol”. O professor para além de tocar estas cinco notas para o aluno imitar.
5. “ A Buzina”
A finalidade desta obra tem como objectivo baixar meio-tom ligado que tem várias valências; flexibilidade, o aluno conseguir baixar o som e a afinação, leveza etc…
6. “Montalvo I”
Nesta peça a parte da trompa (aluno) faz parte da terceira trompa do “Trio Montalvo “ op. 50” de João Carlos Alves. O aluno irá tocar esta parte acompanhado pelo piano.
Fazer de uma voz de um trio como peça é bastante útil porque o aluno ao tocar com piano vai decorar a voz, é uma mais-valia porque quando o aluno tocar em trio não irá tentar imitar as outras vozes, ou seja, irá concentrar-se apenas na sua. É um problema que eu enquanto docente sempre foi difícil solucionar, assim, com esta técnica consegui, que a maior parte dos alunos, numa fase inicial conseguissem tocar trios e quartetos simples.
7. “Chora I”
Nesta peça a parte da trompa (aluno) faz parte da terceira trompa do “quarteto nº I” do livro “ Quarteto 28 (Choral op. 51” de João Carlos Alves. Inicialmente o professor começa por tocar a segunda voz deste quarteto enquanto o aluno tocar a terceira, é importante que o aluno possa ter uma primeira audição da mesma, de seguida sempre acompanhados pelo piano.
Fazer de uma voz de um quarteto como peça é bastante útil, porque o aluno ao tocar com piano vai decorar a voz, o facto de em seguida o professor tocar a voz acima, também é uma mais-valia porque quando o aluno tocar em quarteto não irá tentar imitar as outras vozes, ou seja, irá concentrar-se apenas na sua. É um problema que eu enquanto docente sempre foi difícil solucionar, assim, com esta técnica consegui, que a maior parte dos alunos, numa fase inicial conseguissem tocar quartetos simples.
8. “ Montalvo II”
Nesta peça a parte da trompa (aluno) faz parte da terceira trompa do “Trio nº II” do livro “ Trio Montalvo op. 50” de João Carlos Alves. Inicialmente o professor começa por tocar esta mesma parte para que o aluno possa ter uma primeira audição da mesma, de seguida o aluno irá tocar esta parte acompanhado pelo piano, mas também pelo professor a fazer a primeira voz do trio para que o aluno possa ouvir a melodia do mesmo.
9. “Choral II”
Nesta peça a parte da trompa (aluno) faz parte da terceira trompa do “quarteto nº II” do livro “ Quarteto 28 (Choral op. 51” de João Carlos Alves. Inicialmente o professor começa por tocar esta mesma parte para que o aluno possa ter uma primeira audição da mesma, de seguida o aluno irá tocar esta parte acompanhado pelo piano, no compasso 17 o aluno repete esta parte e o professor irá tocar a segunda voz deste quarteto, enquanto que o piano acompanha com a melodia principal do, ou seja, a harmonia e a melodia da primeira voz.
Fazer de uma voz de um quarteto como peça é bastante útil porque o aluno ao tocar com piano vai decorar a voz, o facto de em seguida o professor tocar a voz acima também é uma mais-valia porque quando o aluno tocar em quarteto não irá tentar imitar as outras vozes, ou seja, irá concentrar-se apenas na sua. É um problema que eu enquanto docente sempre foi difícil solucionar, assim, com esta técnica consegui, que a maior parte dos alunos, numa fase inicial conseguissem tocar quartetos simples.
10. “Montalvo III – Marcha”
Nesta peça a parte da trompa (aluno) faz parte da terceira trompa do “Trio nº III” do livro “ Trio Montalvo op. 50” de João Carlos Alves. Inicialmente o professor começa uma pequena cadência, que é exactamente igual ao trio propriamente dito, de seguida o aluno irá tocar a terceira parte acompanhado pelo piano e pelo professor a fazer a primeira voz do trio para que o aluno possa ouvir a melodia do mesmo. Existe um elemento novo para o aluno que é os contratempos.
11. “ Choral III”
À semelhança de peças anteriores o aluno faz a terceira voz do quarteto nº X, o professor a primeira, ambos acompanhados pelo piano. O resto das vozes do quarteto está no piano para que o aluno as possa ouvir.
12. “ No Lago da Montanha”
As valências da peça são: o intervalo de quarta perfeita, os principais graus da escala estarem na parte da trompa e os crescendos e diminuendos.
13. “Dar as Mãos”
Esta peça faz parte do livro “!5 Pequenas Peças para Trompa e Piano” de João Carlos Machado Alves. A iniciação aos harmónicos e notas ligadas em terceiras são as principais valias. Esta peça, pela primeira vez no método, é um duo para trompa.
14. “Chanson”
Esta peça à semelhança da anterior faz parte do livro “!5 Pequenas Peças para Trompa e Piano” de João Carlos Machado Alves, é a peça mais elaborada e com mais elementos como; imitação professor/aluno, secções rítmicas, segundas vozes e dinâmicas. A partir do compasso 3, até ao compasso 6 o conjunto de quatro notas descendentes servem para treinar os crescendos mas também para as notas graves.
15. “O Miminho da Mãe II”
Esta peça à semelhança da anterior faz parte do livro “!5 Pequenas Peças para Trompa e Piano” de João Carlos Machado Alves, é uma peça que tem Três andamentos, o que também acaba por ser um elemento novo. No primeiro andamento, para além de ser uma melodia agradável tem pela primeira vez uma semínima com um ponto seguida de colcheia. No segundo andamento (duo para trompa), esta peça serve de introdução aos trilos, feitos em duas notas na mesma posição, ou seja, deve tentar manter-se um bom controlo do ar, bem apoiado pelo diafragma. O Terceiro andamento, também é uma melodia agradável, tem uma suspensão no meio da peça e por fim é a primeira vez que o aluno toca a escala de Dó Maior.
Alves J.C.
Abel Chaves
Agradecimentos:
Foco Musical
Escola de Artes de IFCTorrense
Ivan Kusnyetsov, pianista
André Justo, trompista
Bernardo machado, técnico de som