Marta
Marta, com todo o seu esplendor,
Farta de promessas de amor.
Marta, morta,
Vive a vida até morrer,
Mas morta por viver.
E tem cabelo em carrossel,
Dele escolhe o seu corcel.
Voa Marta,
Quero que parta assim.
Volta para ao pé de mim.
Ergue-te Marta
À minha volta.
Volta, desta vez para ficar.
Solta do medo de amar.
Marta, morta,
Torta, por vezes sem querer,
Por crer e não dizer.
E vem de longe sem esplendor,
Cheia de promessas de amor.
Talvez Marta
Deixe uma carta cá
Dizendo que não dá.
Ergue-te Marta
À nossa volta.
Marta, sem mais nada a fazer,
Farta e morta por morrer,
Deixa a tristeza no seu lar,
Sem nem sequer avisar.