Se por um lado tudo começou pela “mãe criadora” Água, parece-nos hoje inevitável acreditar que tudo irá acabar pela falta da mesma.
Esta foi a premissa fundamental que originou a composição “ultima ratio”, que significa na língua latina “o derradeiro recurso”, esse que vemos desaparecer de forma dramática. Esta obra para cordas sugere, num ambiente fortemente expressionista e abstracto, a memória (presente) de um tempo em que o Homem assiste ao fim do recurso vital Água, caminhando assim para um sítio chamado “lado nenhum”.
Nada existe sem uma causa, nada deixa de existir sem uma outra causa...
Paulo Bastos, Setembro de 2005
(estreia absoluta: dia 24 de Setembro de 2005 nas Jornadas Europeias do Património 2005, Água e Património no Parque Termal de Pedras Salgadas; Jovem Orquestra do Porto; Comentador: Prof. Virgílio Melo; Maestro: António Sérgio)