Fantasia nº2 “Arco-Íris”
“Arco-Íris” foi a segunda Fantasia a ser escrita por Duarte Ferreira Pestana e a sexta obra a ser registada na Sociedade Portuguesa de Autores em Lisboa, no mês de Março do ano de 1952, sendo o seu género designado por “Fantasia de Concerto”. Esta composição foi criada a uma distância de 17 anos em relação à primeira Fantasia e num ano onde também foram registadas mais 17 obras na SPA.
Como consequência, verificamos um maior amadurecimento composicional em relação à Fantasia anterior. O ano da composição da segunda Fantasia (1952) corresponde ao início de um ciclo na vida do compositor onde se contabilizam inúmeras composições (de 1952 a 1955 inscreveu na SPA 94 obras).
A presente edição desta partitura partiu de uma necessidade em divulgar o seu compositor, tornando mais fácil e acessível o seu conhecimento.
A apresentação da partitura neste formato irá permitir aos maestros e intérpretes uma maior facilidade na sua leitura bem como uma melhor interpretação da obra uma vez que a edição não consiste somente numa passagem literal do manuscrito original.
Esta foi objecto de um estudo rigoroso, onde sofreu a correcção de algumas gralhas relativamente a harmonias, dinâmicas, enarmonias e articulações.
Em relação às harmonias, o seu estudo evidencio-nos alguns erros (estes são apresentados na tabela 1 em baixo); O estudo das enarmonias, levou-nos a algumas alterações na partitura. São exemplos as alterações do cc. [3], no saxofone tenor (nota escrita corresponde a ), nas trompas (nota escrita corresponde a ) e nos fliscornes (nota escrita corresponde a ), pois harmonicamente o acorde corresponde a uma 6ª aumentada tipo “alemã” (mib – sol – sib – dó#). As alterações efectuadas no estudo das articulações são mais evidentes nas exposições do tema a partir do Nº10, cc. [227], onde uniformizamos as ligaduras e as acentuações. Nas dinâmicas o trabalho foi mais vasto pois a partitura não apresentava a maior parte delas e, destas, uma maioria foram escritas posteriormente por um anónimo.
Em relação à instrumentação, esta edição realizou algumas correcções que entendemos ser justas tendo em conta o melhor equilíbrio da orquestra de sopros. São o caso do naipe dos oboés, clarinetes em Mib, clarinetes-baixo, saxofones-barítono, violoncelos e dos contra-baixos. Em relação aos oboés, optamos pela utilização de apenas 3 (1º oboé, 2º oboé e corne-inglês). Deste modo, assumimos a eliminação do 3º oboé que apenas é justificado entre os compassos [ 97 – 104 ] onde a mesma linha melódica é duplicada pelo 1º saxofone tenor. Nos casos dos clarinetes em Mib, clarinetes-baixo e saxofones-barítonos, optamos pela eliminação de uma das duas vozes que cada um apresentava, tendo em conta um melhor equilíbrio da orquestra (estas adaptações dos 3 instrumentos podem ser observadas, respectivamente, nas tabelas 2, 3 e 4 em baixo). Assumimos a eliminação dos violoncelos da partitura por duas razões: nas duas partituras encontradas durante a investigação, apenas surgia numa que julgamos não ser a originalmente escrita pelo compositor e, por outro lado, a sua utilização resume-se à duplicação dos instrumentos do mesmo registo, nomeadamente, os fagotes, clarinetes-baixo e saxofones-barítono.
Os contrabaixos foram substituídos pelas tubas porque era este o termo usado à data para identificar as tubas em Mib e, por outro lado, em termos de equilíbrio, é impossível a substituição das tubas pelos contrabaixos (de cordas). Esta alteração teve como consequência a transposição de uma oitava inferior ao originalmente escrito.
Um outro naipe foi alvo de reestruturação, as trompas. Estas foram escritas em
duas pautas onde a primeira corresponde às 1ª e 3ª vozes e a outra às restantes 2ª e 4ª vozes. Deste modo, achamos mais fácil a respectiva afinação entre as 4 trompas pois são mais frequentes os intervalos naturais (4ª, 5ª e 8ª), como podemos observar no exemplo seguinte.
Partes de orquestra em regime de compra.
São fornecidas as seguintes partes:
1 x Flautim + 2 x Flautas* (I+II) + 2 x Oboé* (I+II) + 1 x Corno Inglês + 2 x Fagote**** + 1 x Clarinete em Mib (Requinta) + 3 x 1º Clarinete** (a+b) + 3 x 2º Clarinete** (a+b) + 3 x 3º Clarinete** (a+b) + 2 x Clarinete Alto em Mib*** + 2 x Clarinete Baixo + 2 x Saxofone Soprano* + 2 x Saxofone Alto* + 2 x Saxofone Tenor* + 2 x Saxofone Barítono* + 2 x Trompas em Fá* (I+II+III+IV) e Mib*** + 1 x Flugelhorn***** (I+II) + 2 x Trompete* (I+II+III) + 2 x Trombone* (I+II+III) + 2 x Trombone baixo*** + 1 x Eufónio***** (Bombardino) em Dó (I+IIa+IIb) e Sib (I+IIa+IIb) nas claves de Sol e Fá + 2 x Tuba* em Dó, clave de Fá + 4 x Tuba em Sib, clave de Sol* + 2 x Contrabaixo em Mib*** + 2 x Contrabaixo de Cordas*** + 1 x Tímpanos* + 3x Percussão.
* 2 x cada parte, se escrita pelo compositor
** 3 x cada parte, se escrita pelo compositor
*** nesta obra não há parte escrita
**** nesta obra são 4 partes
***** 1x cada parte, se escrita pelo compositor
De modo a tornar acessível a todos a compra desta obra, na opção de compra “Partitura completa impressa e partes cavas em pdf” serão enviadas as partes em PDF personalizadas com a indicação “uso exclusivo da entidade que adquiriu a obra”