flauta, clarinete Bb/A (ou só Bb), fagote
Duração: 13’
Andamentos:
I.Campos molhados pela chuva da manhã
II.Por montes e vales
III.Um riacho corre por entre a folhagem
IV.Passam músicos da aldeia
V.Entardecer (versões A e B)
VI.Regresso a casa (versões A e B)
Pelos Campos Fora foi composta em apenas alguns dias do mês de Janeiro de 2004, em intenção do exame final de um grupo de câmara da ESML, formado por flauta, clarinete e fagote, uma combinação mais rara que o popular trio de oboé, clarinete e fagote. A peça que escrevi, uma pequena suite de 13’ de duração, tomou como ponto de partida a lembrança dos passeios que dei há já muitos anos pelos campos da Polónia, na Mazuria, uma bela região coberta de lagos e florestas. A música tem pois algumas influências eslavas, ao que não são também alheios compositores como Martinu, Janacék ou Stravinsky. A este último pisco até o olho, ao citar brevemente A História do Soldado e A Sagração da Primavera. Pelos Campos Fora não é porém, ou somente, uma descrição de ambientes rústicos (e esse aspecto extra-musical é mais sentimental que verdadeiramente pictórico), pois estrutura-se numa alternância de andamentos lentos e rápidos que podem fazer lembrar as suites barrocas, clássicas e românticas (como a Gran Partita de Mozart ou a Serenata para Sopros de Dvorak). E, tal como estas obras, também escritas para sopros (e sem comparações, como é evidente), a Suite Campestre encontra o seu lugar próprio se tocada no exterior, com os músicos e o público a inspirarem a cálido ar da Primavera...
Observações: o 4º andamento cita um compasso de A História do Soldado de Stravinsky, e o início do 6º andamento cita um ostinato de A Sagração da Primavera de Stravinsky. Os andamentos nº5 e nº6 têm duas versões alternativas, \"A\" e \"B\", ambas transpostas mais agudas: o nº5 por questões de facilitar a dinãmica piano do fagote no grave, e o nº6 para não ter de haver mudança de clarinete em Bb paa clarinete em A só no último andamento, mantendo-se na versão \"B\" sempre o clarinete em Bb.