O guitarrista croata Dejan Ivanović nasceu em Tuzla (Bósnia e Herzegovina), em 1976, iniciando os seus estudos de guitarra com 8 anos de idade. Estudou com Predrag Stanković e Vojislav Ivanović na Escola Primária e Secundária de Música, e com Darko Petrinjak na Academia de Música de Zagreb. Participou em masterclasses de John Duarte, Thomas Müller-Pering, Elliot Fisk, Costas Cotsiolis, Valter Dešpalj (violoncelo), Michael Steinkühler (viola da gamba) e Igor Lešnik (percussão). Foi orientado por Christopher Bochmann no Curso de Doutoramento da Universidade de Évora entre 2011 e 2014. A sua carreira profissional começou simultaneamente com o estudo superior (1994-1998). Actuou nalguns dos mais prestigiosos festivais de música como Festival de Spoleto (convidado pessoalmente pelo maestro Gian Carlo Menotti para o lugar de Artista Residente), Festival de Verão de Edimburgo, Festival de Costa de Estoril, Festival de Guitarra de Gevelsberg, Porto — Cidade Europeia da Cultura e Guitarra Viva (Croácia), entre outros. Actua também integrado em vários conjuntos de música de câmara: com flautista Vasco Gouveia, violoncelista Jed Barahal, guitarrista Masakazu Tokutake, soprano Ana Ester Neves, Quartetos de Cordas Lyra e João Roiz, etc. É o vencedor do 1.º Prémio e Prémio especial para Melhor Interpretação da Música Espanhola no 13.º Concurso Internacional de Guitarra Doña Infanta Cristina (Madrid, 1998); 1.º Prémio do 3.º Concurso Internacional da cidade de Sinaia (Roménia, 1998); 1.º Prémio do 17.º Certamen Internacional de Guitarra Andrés Segovia (Herradura, 2001); 1.º Prémio e Prémio do Público no 35.º Certamen Internacional de Guitarra Francisco Tárrega (Benicássim, 2001); 1.º Prémio do 4.º Concurso Internacional de Creta (Arhanes, 2005). É premiado nos concursos em Roma (Itália), Sernancelhe (Portugal) e Charleroi (Bélgica). Colabora regularmente com várias orquestras como Orquesta ADDA Simfónica de Alicante (Espanha), Orquestra Real de Câmara de Wallonie (Bélgica), Orquestra de Benicássim (Espanha), Orquestra de Câmara da Eslováquia, Orquestra Sinfónica de Vojvodina (Sérvia), Orquestra Sinfónica das Beiras, Orquestra Clássica do Centro e Orquestra Metropolitana de Lisboa. Em 2017, participa como solista na estreia nacional do Concierto Mudejar de A. Garcia Abril, juntamente com a Camerata de Setúbal e sob direcção de Kerem Hasan, no âmbito do Festival de Música de Setúbal. Os seus recitais na Europa, África, América do Norte, América do Sul e Ásia receberam uma forte aceitação por parte do público e da crítica. Revistas e jornais como Ritmo (Espanha), Bremer Umchau (Alemanha), Sunday Herald Times (Indiana-EUA), The Scotsman (Escócia), Slobodna Dalmacija (Croácia) e Oslobodjenje (BiH) publicaram críticas positivas sobre em relação às suas interpretações. A revista espanhola Ritmo descreve Dejan como (...) corajoso, sensível jovem artista com uma técnica supreendente e uma musicalidade e criatividade em cada nota e frase (...) (1998).
A sua discografia a solo é constituída por CD Recital na Laureate Series da NAXOS (2002) com obras de Matilde Salvador, Anton García Abril, Frederic Mompou, Richard Rodney Bennett, Malcolm Arnold, Gordon McPherson e Francisco Tárrega, e por CD Mediterraneo (gravado em 2001, aguarda publicação) com obras de Boris
Papandopulo, Vicente Asencio, Antonio José Martínez Palacios, Joaquín Rodrigo, Carlo Domeniconi e Mario Castelnuovo-Tedesco. Em 2013, gravou a obra Em Memória da Madrugada de Marina Pikoul para guitarra e orquestra com a Orquestra Clássica do Centro, sob a direção do maestro David Wyn Lloyd. Christopher Bochmann, Marina Pikoul, Tomislav Oliver, João Madureira, Jorge Pereira, Ricardo Abreu, Francisco Chaves e Carlos Gutkin são alguns dos compositores que dedicaram as suas obras para Dejan. Integra desde 2004, juntamente com o guitarrista grego Michalis Kontaxakis, o Duo de guitarras Kontaxakis-Ivanovich. O primeiro CD deste Duo, intitulado Les Deux Amis e gravado pelo produtor Hubert Käppel em Colónia (Alemanha), foi lançado em 2010 pela Editora KSG EXAUDIO.
Em 2019, Duo Kontaxakis-Ivanovich teve honra de ser convidado para o concerto de abertura do Festival Internacional de Guitarra José Tomás de Petrer (Espanha), dedicado a Joaquín Rodrigo devido ao 20.º aniversário da sua morte. Em 2005 cria o Festival Internacional Guitarmania em Lisboa do qual é diretor artístico até 2010. É desde 2007, professor de guitarra no Departamento de Música da Universidade de Évora. É doutorado em Música/ Interpretação desde Março de 2015 com o tema Colaboração Entre Compositor e Intérprete na Criação de Música para Guitarra: Estudo do Processo Editorial no Repertório de Inglaterra, Croácia e Portugal.