Gerente: Nuno Fernandes - admin@editions-ava.com
Nasceu a 16 de Maio de 1973 na Republica Federal da Alemanha, teve o seu primeiro contacto com a Música na Sociedade Velha Filarmónica Riachense ao 13 anos de idade, ingressou na Banda Militar do Exercito com 18 anos de idade onde começou a desenvolver os seus estudos musicais. Entrou na Escola Profissional de Música de Almada em 1995 onde obteve o Curso de Nível 3 de Instrumento (Tuba), equivalente ao 8º grau do Conservatório e 12º ano, na classe do Prof. Emídio Coutinho. É Licenciado em Instrumentista de Orquestra na Academia Nacional Superior de Orquestra na classe de Tuba, sob orientação do Prof. Sérgio Carolino. Frequentou Master Classes, com os professores Ilídio Massacote, Michael Lind, Philippe Legris, Øystein Baadsvik, Melvin Culbertson, Anne-Jelle Visser, Gene Pokorny e Walter Hilgers, Roger Bobo.
Na sua actividade profissional colaborou com a Orquestra Metropolitana de Lisboa, Orquestra Gulbenkian, Orquestra Clássica da Madeira, Orquestra do Círculo Musical Português e com a Orquestra Sinfonia B.
Entre 1998 e 2000 leccionou Tuba e Eufónio no Conservatório Regional do Algarve e na Escola Profissional de Évora. Lecciona a classe de Tuba e Eufónio desde 1999 na Escola de Música Conservatório Nacional.
Em 2007 funda a Editora AvA Musical Editions começando um projecto editorial inédito no país até então, dedicando-se a editar todos os compositores portugueses ou residentes em Portugal, desde o seculo XVIII até aos dias de Hoje, tendo já 1500 títulos editados com uma abrangência de géneros instrumentais abarcando formações desde o Instrumento Solista, Música de Câmara, Coral e Orquestral, incluindo Ópera, Música Concertante e Música Sinfónica representando 235 compositores.
Técnicos de edição:
Andreia Carvalho
José Caetano
Reduções de piano:
Gisela Sequeira
Considero as edições AvA o mais exequível e completo projecto de edição musical em curso no nosso país, com provas dadas e um catálogo que abrange nomes fundamentais da história música portuguesa como Luís de Freitas Branco, Frederico de Freitas ou Joly Braga Santos, entre muitos outros cuja necessidade de edição é premente. Também os compositores actuais (entre os quais me incluo) encontram nela a única editora musical empenhada em editar e disponibilizar de forma continuada e consistente as suas obras. A qualidade dasedições AvA e a forma prática, rápida e profissional como tem vindo a alargar o seu escopo e a editar e disponibilizar partituras que até hoje só se tocavam a partir de vergonhosas cópias manuscritas, constitui um exemplo de serviço público e merece urgentemente o apoio financeiro do Estado.
Lisboa, 14 de Maio de 2010
Alexandre Delgado
A quem possa interessar:
Considero extremamente urgente que, de uma vez por todas, se proceda à cópia de manuscritos essenciais da música portuguesa por programas informáticos que dêem origem a partituras legíveis e isentas de erros, com o objectivo de, a partir destas cópias, se poderem publicar as obras. O património musical português, nomeadamente o do século XX, no que toca a compositores de vulto, pelos quais se terá inevitavelmente de começar, não é tão vasto que torne proibitiva a concretização desta necessidade para a totalidade dos “opus”. Luís de Freitas Branco, Fernando Lopes-Graça, Frederico de Freitas e Joly Braga Santos são os quatro nomes da primeira metade do século para os quais esta tarefa se impõe com cada vez maior urgência, e dever-se-ão seleccionar também os nomes da segunda metade do século cuja obra está ainda praticamente toda por copiar e publicar, bem como fazer o mesmo para a música do passado que urge recuperar para a vida musical activa (concertos, palestras, cursos, etc.) e para o uso dos estudantes de música.
Considero ainda que, a bem da clareza, da unidade e da racionalização de recursos, tais edições não deverão ser feitas aos bochechos, por entidades diferentes (que tantas vezes têm boa vontade mas acabam por deixar as obras copiadas morrer em edições limitadas de papel que não são distribuídas, ficando a estiolar nas prateleiras desconhecidas de algumas bibliotecas municipais afastadas dos grandes centros), mas pela mesma entidade, que assegure a continuidade e a coerência. O futuro da edição é a internet, no sentido em que se deve apoiar a passagem do manuscrito para o programa informático, que gera uma partitura correcta e legível, e que fica disponível para adquirir online, e a partir daí se poderão então fazer as tiragens em papel que se acharem necessárias ou para as quais haja intenção de compra, quer seja um exemplar, quer sejam mil ou dois mil. A poupança de recursos e a possibilidade de corrigir gralhas que escapem aos revisores/editores é também uma das vantagens de a cópia original estar em suporte informático e não se usar logo para se fazer uma tiragem grande mas apenas para se imprimirem os exemplares eventualmente adquiridos por potenciais compradores, pelo que qualquer erro que se venha a descobrir afectará apenas um pequeno número de exemplares (que poderão ser retirados e substituídos) e não uma larga tiragem de centenas ou milhares de exemplares, que disseminaria erros sem remissão possível durante muitas décadas.
Devem as entidades competentes pensar no que seria da literatura portuguesa se esta existisse apenas em fotocópias de manuscritos, ilegíveis, errados, por vezes incompletos! A vantagem da literatura é o número de potenciais leitores, que justifica tiragens e a edição. Mesmo o livro menos interessante poderá sem grandes problemas ser publicado em mil exemplares. Porém, imaginemos um quarteto de cordas. Não faz sentido sequer uma tiragem desse número, dado que não existem em Portugal mil grupos desse género que poderiam adquirir a partitura, e mesmo se contarmos os estudantes de música a nível superior, sabemos que somente os de Composição poderiam querer estudar a obra. Por experiência própria sabemos que nem os quartetos de Beethoven são estudados dessa forma, pelo que uma tiragem grande não faz sentido para a música portuguesa, nem sequer para a nova música internacional, mas tão somente para os clássicos que são inevitavelmente estudados em todos os conservatórios do mundo. É este o problema da edição musical, mormente em Portugal, e que justifica o apoio estatal à edição, dado esta nunca poder vir a ser rentável “per se”. Como outro património qualquer, as partituras musicais encerram aquilo que nós, portugueses, somos como povo, como cultura já milenar. Ignorar e deixar apodrecer e perder obras na poeira das bibliotecas ou dos arquivos das famílias é equivalente a deixar cair palácios e castelos, igrejas e monumentos, a deixar estiolar a tinta de pinturas de valor incalculável, a perder manuscritos insubstituíveis, enfim, a deixar ir embora aquilo que já não volta mais e nos pode fazer afirmar no Mundo: a nossa produção cultural.
Estamos numa fase de avanço da tecnologia na qual um pequeno apoio é já garante de muito que se poderá fazer, nomeadamente no campo da transcrição musical e respectiva publicação. Urge agora aproveitar esta vontade e estes recursos para, reitero, de uma vez por todas, recuperar para a vida activa todo um património musical que, ou está em vias de se perder definitivamente, ou existe mas de forma mesquinha e indigna, circulando em fotocópias quase ilegíveis e erradas, que em nada dignificam os autores nem, principalmente, o País que deixa que tal aconteça.
Lisboa, 1 de Junho de 2010
Sérgio Azevedo
Compositor, Professor do Curso de Composição da Escola Superior de Música de Lisboa, Ensaísta, Divulgador e Radialista da Música Portuguesa e da Música dos Séculos XX/XXI
Álvaro Cassuto
Quinta do Mogo
Malveira da Serra
2755-179 Alcabideche
Assunto: Edição de Música Portuguesa
A Ava Musical Editions está empenhada numa missão absolutamente essencial para a preservação e divulgação da Música Portuguesa: a sua edição impressa.
Efectivamente, a maior parte das obras dos compositores portugueses não se encontra editada, ou seja, impressa e assim disponível para ser divulgada.
A consequência deste facto está à vista: quem a quiser apresentar publicamente não tem acesso às respectivas partituras, razão por que ela simplesmente não consta dos programas que publicamente apresentam a maioria das nossas instituições vocacionadas para a realização de concertos públicos.
Igualmente grave, se não mais grave ainda, é o facto de não terem acesso a ela as organizações e/ou intérpretes estrangeiros, o que impede a internacionalização da nossa Cultura musical.
Efectivamente, no que respeita à Música, estamos como estaríamos se as obras dos nossos escritores não estivassem impressas. Alguém conceberia que as obras de um Eça de Queirós, Fernando Pessoa, ou José Saramago nunca tivessem sido publicadas e estivessem, assim, inacessíveis a quem quisesse lê-las? Certamente que não!
Assim sendo, é imperativo que a Ava Musical Editions disponha dos meios necessários para concretizar a sua missão, o que não raro exige recursos avultados. Basta pensar na esmagadora maioria das obras para orquestra dos nossos compositores, cuja edição pressupões a cópia das partituras e a impressão das partes de orquestra individuais, uma para cada músico ou estante.
Qualquer maestro português ou estrangeiro que pretende dirigir uma obra para orquestra portuguesa, debate-se com este problema, acrescendo à dificuldade (e em muitos casos à impossibilidade) de encontrar a partitura manuscrita do compositor, o facto de muitas orquestras se recusarem a utilizar partes manuscritas, não raro de difícil ou até impossível leitura!
Compreende-se assim que a Música Portuguesa não conste dos programas de concertos da maioria das orquestras que a poderiam apresentar, particularmente em países estrangeiros, impedindo assim a internacionalização da nossa Música, uma área em que o signatário se tem empenhado através da etiqueta discográfica NAXOS, pelo que está intimamente familiarizado com o problema.
Estamos no século XXI, mas no que respeita à divulgação da Música Portuguesa, parece que salvas honrosas excepções, ainda não saímos da Idade Média!
Álvaro Cassuto
Dear Nuno,
Thank you for your additional generosity. Your are most kind in sending scores to me and I very much appreciate it.
In answer to your questions, I am a conductor and professor at several small colleges in Pennsylvania. I am also a passionate explorer of unfamiliar music, and my most recent discoveries are works by Portuguese composers. Furthermore, I am now writing several articles each year, for publication in various magazines and journals in the United States. Most of my writing focuses on works that are not part of the standard repertoire. For instance, last year I wrote an article that appeared in the International Federation of Choral Music Magazine. introducing two Latvian composers, and briefly describing several of their motets. In September I will have a lead article published in the American Choral Journal, featuring interviews with Marin Alsop and Kristjan Jarvi discussing their performances and recordings of Leonard Bernstein's Mass. And within the next few months I expect to have an article published describing Dutch pianist Ronald Brautigam's new completion of a Piano Concerto in E-flat, written by Beethoven when he was 12 years old. Hopefully, this gives you an idea of my wide-ranging interests and goals.
In late March 2010, I came to Portugal as a guest conductor of Vox Laci, leading a series of sacred concerts right before Holy Week. I immediately fell in love with your country and the beauty of both its landscape and its people. Anytime I visit a new country, I seek out sheet music and recordings of its music. So I came home with 10 recordings of music by Bomtempo, Branco, Braga Santos, and D'Almeida. As I listened, I was simply astounded by what I heard. I find the music of Branco and Braga Santos to be exceptional, with numerous displays of brilliant orchestration and masterful handling of form that yields music of intense emotional expression. And for weeks after, I repeatedly asked myself why is this music not better known?
I am an avid CD collector and concert goer. I hold a Doctorate degree in conducting from one of the best conservatories in America. But I have never heard of these composers and their music. I then asked the Naxos recording label to put me in touch with Alvaro Cassuto, thinking I could perhaps interview him about his recordings and thoughts on this music. We have now written to one another a few times and that has only fueled my desire to write about Portuguese music.
The musical world is unquestionably poorer for NOT knowing these composers. That is why I contacted you. At this point, I am planning two articles, one an overview of Portuguese symphonic music, and the other focusing on Branco and Braga Santos. Admittedly, I do not have a definite commitment from any journal or magazine that such articles will be published. However, I believe that having four written articles published within the last year, in both national and international publications, seems to indicate that people like my choice of subject and style of writing. My goal would be to have the two articles completed and submitted by the Spring of 2011. Additionally, I plan to show this music and my writings to other conductors, in the hopes that they would consider performances here in America. I do not conduct an orchestra with an regularity, but if the occasion arises, I would welcome the opportunity to bring this music to an American audience.
We live in a world filled with ugliness and violence. With live in a world where people tend to be suspicious of other people and other cultures. Music is perhaps the strongest, most positive way I know to break down such barriers. And it certainly brings great beauty into all those who perform and hear it. I hear such wonderful things in the composers you publish, and I want to join you in trying to share it with as many people as possible.
Once again, I thank you for generosity and kindness, and I hope that my work can in some small way brings many people to a new, deeper appreciation of Portuguese music.
Please let me know if there is anything else I can answer or provide.
Sincerely yours,
Dr. David A. McConnell
Instructor of Music, Penn State, Berks Campus and Alvernia College
Reading, PA
Choral Director, Lehigh Carbon Community College
Schnecksville, PA
Minister of Music, Immanuel UCC
Shillington, PA