Eduardo Burnay (1877-1926) foi o único dos dez filhos do Conde de Burnay a seguir a carreira musical como pianista, tendo sido aluno de Rey Colaço.
Não houve salão lisboeta que o não tivesse ouvido, desde o Conservatório ao Grémio Literário, do qual foi sócio. Dão-nos notícias dos seus êxitos a imprensa da época, como a ou o Amphion. Também nos chegam ecos da sua passagem por Paris através das memórias de Gabriel Louis Pringue, publicadas sob o título de Trente ans de diners en ville (1948).
Como compositor deixou-nos várias peças para piano. Entre estas, destaca-se um fado para piano, que ficou conhecido como Fado Burnay. No Teatro S. Luiz, escutou-se em muitos domingos a versão orquestrada pelo maestro Pedro Blanch com a Orquestra Sinfónica de Lisboa que dirigiu a até à sua extinção, em 1928.